martes, 10 de enero de 2017

El arte de traducir

Hola a todos,

Hace un tiempo, Rodolfo Mata nos compartió esta entrevista con Paulo Henriques Britto, escritor brasileño y traductor de obras de William Faulkner, Thomas Pynchon, Don DeLillo, Philip Roth y Henry James, y también traductor de poesía. Nos habla aquí sobre el oficio del traductor. Reproducimos un par de preguntas, pero pueden leer la entrevista completa en la Revista Cult. ¡Que lo disfruten!

A arte de traduzir
Mariana Marinho


Nos últimos anos, o nome do poeta carioca Paulo Henriques Britto se espalhou por vários livros: sua assinatura aparece em traduções de grandes prosadores, como William Faulkner, Thomas Pynchon, Don DeLillo, Philip Roth e Henry James; ela também surge nos créditos de tradução de obras de alguns importantes poetas de língua inglesa, como Elizabeth Bishop, Wallace Stevens, Ted Hughes. E também, claro, nas suas próprias obras, livros de poemas, como Formas do nada, finalista do Prêmio Portugal Telecom deste ano. Paulo também lançou recentemente A tradução literária, pela Civilização Brasileira.

Na semana passada, ele esteve no Espaço CULT para proferir a palestra “O sofisticado ofício da tradução”, que faz parte do curso “A arte de editar um livro”. Aos 62 anos, o poeta, tradutor e professor de Estudos da Tradução da PUC do Rio de Janeiro conversou com o site da CULT sobre as estratégias que utiliza para traduzir. Uma lição de mestre, já que hoje as traduções de Britto são uma referência de qualidade, tanto para quando se trata de uma prosa exigente e inventiva, como a Pynchon, quanto para uma poética de detalhes, imagens fortes e voos reflexivos, como, por exemplo, a poesia do norte-americano Wallace Stevens.

CULT – O que é mais difícil no processo de tradução?

Paulo Henriques Britto – Depende do texto em que se está trabalhando. Em tradução literária, antigamente, o grande problema era a questão da pesquisa. Agora com a internet, isso virou isso um não-problema. Você resolve qualquer problema terminológico rapidinho. O grande problema em tradução literária é você entrar no universo do autor.  A grande questão que está sempre em jogo é a seguinte: até que ponto você tem um compromisso com o original e até que ponto você tem um compromisso com o público que lerá a sua tradução. É a velha história, sua tradução é uma coisa autônoma ou é uma transposição da obra? As opiniões oscilam entre esses dois polos.

Você procura seguir qual linha?

Tudo depende da época em que você trabalha, do momento que você está vivendo, mas depende muito do autor e do público que você tem em mente. Não adianta determinar uma linha, porque depende do que irá acontecer no próximo livro que você irá traduzir. Às vezes, você é obrigado a ir mais para um lado do que para o outro. São estratégias que você descobre na prática, na hora de enfrentar o texto. São tantas variáveis. Uma coisa é colar no texto e fazer uma tradução extremamente presa ao original quando você está traduzindo a obra de um escritor que fala de um mundo muito próximo ao seu. Outra coisa é traduzir um livro de muitos anos atrás, sobre uma realidade muito distante da sua.

Há também a questão do estilo. Às vezes o autor utiliza certa característica da língua original que você não tem como trabalhar na sua língua. Por exemplo, um escritor nos EUA vai explorar a diferença entre o dialeto dos negros e o dos brancos. Como traduzir isso? Não há dialeto racial no Brasil. É um recurso de linguagem que você não poderá usar. Você terá de compensar de alguma maneira. Há, então, obras que não te permitem colar no original, porque às vezes você tem um obstáculo que exige que você use a  sua criatividade.

Entrevista completa en este enlace.
 
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